Se você não entrar em pânico nestes tempos de crise e
gerenciar seus projetos de olhos bem abertos vai poder convergir para seus
negócios as sobras de talentos que sempre acontecem nas crises.
Nos tempos de crises, reais ou imaginárias, é super comum o
descarte de talentos. Porque muitas empresas vinculam seus profissionais
criativos a valores monetários. E acreditam, bestamente, que podem eliminá-los
nos momentos que consideram difíceis, quando seria imprescindível manter gente com inventividade para ajudar a empresa
a superar os tempos de vacas magras.
Mas talento profissional descartado é talento vivo, ansioso
por ser reconhecido, pronto para agregar novas visões aos seus projetos.
O único problema, além de percebê-los, é se preparar para
assimilá-los na corrente produtiva de seu empreendimento. Porque o
relacionamento com profissionais talentosos exige sensibilidade, imensa
capacidade de ouvir e respeito aos seus pontos de vista. É preciso também
entender seus códigos que são, por sua própria condição, diferenciados da
linguagem corporativa usual.
Ao conseguir atrair a atenção de um profissional criativo
descartado pelo mercado, não espere uma pessoa humilhada, submissa, puxa saco.
Ao contrário, você encontrará homens e mulheres conscientes de sua capacidade
profissional, que defendem seus pontos de vista com elegância e firmeza.
Gente que olha para sua empresa como um todo e que o veem e
o respeitam como um gestor mas que se igualam a você na preocupação de buscar
resultados a curto prazo.
Se você souber tratar esses talentos descartados nas crises
como associados, discutir e aprofundar seus pontos de vista, na busca de
cenários que o ajudem a ter uma visão ampliada e inovadora de seu negócio, o
investimento de os tê-los na sua empresa retornará a curto e médio prazos.
Mas não se iluda. Porque não basta se decidir a contratar
talentos descartados. É preciso que você, como gestor, assuma também uma
postura extremamente criativa. Que aprenda a apostar nos riscos gerenciais de
colocar em prática projetos nos quais tem apenas o controle parcial, já que
terá que dividir decisões, monitoramento e validações com seus novos
associados.
Isso confirmará sua empresa como inovadora a posterior,
quando conseguir superar a atual crise (real ou imaginária) e juntos com seus
novos sócios inaugurar um novo estágio nos seus negócios.
fonte: http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/colunistas/marco-roza/2015/08/05/use-a-crise-para-contratar-os-talentos-criativos-devolvidos-ao-mercado.htm
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